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Bisturi não é varinha mágica!

By 11 de julho de 2022No Comments

Bisturi não é varinha mágica: cirurgião alerta para riscos de procedimentos clandestinos

 

A morte da jovem Sheiza Ayala, de 22 anos, vítima de um procedimento estético de aplicação de Hidrogel mal sucedido em Pedro Juan Caballero, reacendeu o alerta para a procura por cirurgias em clínicas clandestinas. A estudante teve hidrogel injetado no corpo e não resistiu, falecendo há 2 anos atrás em Ponta Porã, a 317 km de Campo Grande.

Ao Jornal Midiamax, o presidente da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), Dr. Dênis Calazans, disse que a busca por um corpo perfeito, leva as pessoas a arriscarem a vida com profissionais não capacitados e com procedimentos com valores abaixo do mercado.

“Estamos vivendo em um tempo muito estranho, em que a imagem parece prevalecer. Observamos que as pessoas se guiam pelas mídias sociais para escolher os profissionais, número de curtidas, seguidores. A mercantilização da medicina faz com que alguns profissionais abram mão da segurança para baratear o tratamento.”

Denis Calazans, Presidente da SBCP.

O médico esclarece que as pessoas precisam se atentar e se conscientizar de que a cirurgia plástica é um tratamento médico e não pode ser realizado por influência da moda e a busca pela aparência perfeita. Calazans afirma que muitos pacientes procuram as clínicas com uma proposta além do que a própria anatomia do corpo permite e se frustram, pois, o bisturi ‘não é uma varinha mágica’, como ele define. “Na cirurgia plástica, bisturi não é uma varinha de condão. Nem tudo o que está na cabeça do paciente é possível realizar. A cirurgia plástica não é como ir comprar roupa, é preciso ter a avaliação profissional, de um especializa”, pontuou.

O presidente da SBCP diz que existem dois fatores para as pessoas arriscarem a vida com procedimentos clandestinos e com profissionais não qualificados: o desconhecimento e a tentadora oferta barata.

“O acesso a cirurgia plástica é muito facilitado no Brasil todo. O país goza de respeitabilidade internacional e é um celeiro científico muito forte. O número de cirurgiões plásticos no país gira em torno de 6,5 mil profissionais, o que facilita o acesso. Procedimentos baratos não vale a pena e é um problema recorrente”, disse.

Para o médico, é preciso que o poder público interfira e regulamente o exercício da cirurgia plástica e que as pessoas se orientem quanto aos processos.

Por Mariane Chianezi e Gabriel Maymone

Portal SBCP

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